quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Abaixo das fotos do mestrado você encontra dois (02) materiais de revisão UEPa/UFPa 2011

Apresentação do Mestrado

Revisão Geral 2011


Revisão UEPA/UFPA 2011

Amazônia

  
A diversidade interna da Amazônia pode ser resumida em termos de três macrorregiões: 1) Arco do Povoamento Adensado, que corresponde à borda meridional e oriental, do sudeste do Acre ao sul do Amapá, incluindo Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e o sudeste e nordeste do Pará;
2) Amazônia Central, que corresponde ao oeste e norte do Pará, ao norte do Amapá e ao vale do rio Madeira, no Amazonas; 3) Amazônia Ocidental, que consiste no restante do Amazonas acrescido de Roraima e do centro e oeste do Acre. Estas macrorregiões, por sua vez, podem ser divididas em sub-regiões e outras frentes de ocupação, descritas no final deste documento.



Resumindo as diferenças entre as três macrorregiões propostas, observa-se que o Arco do Povoamento Adensado concentra a maior parte da produção agropecuária, do desmatamento e da população. Na Amazônia Ocidental estão concentrados os maciços florestais, as maiores unidades de conservação e as populações indígenas e tradicionais. A fronteira em vias de ocupação da Amazônia Central constitui-se em uma transição entre uma macrorregião e outra .


Amazônia: Frente Expansão e Frente Pioneira
A fronteira é formada pela coexistência dessas frentes, de expansão e pioneira, numa situação de conflito, promovido a partir do contato entre temporalidades diferenciadas, em que, de um lado, tem-se a presença de camponeses pobres da frente de expansão e, por outro lado, os grandes grupos econômicos, fazendeiros, grileiros, equipados, em grande parte, com a mais alta tecnologia, compondo a frente pioneira.
A frente de expansão é marcada pela agricultura de roça, em que o produtor explora ao máximo o seu terreno e depois migra para outras terras para continuar o seu processo produtivo, no sentido de garantir a sua subsistência sem danos significativos ao ambiente. Por outro lado, a frente pioneira envolve diretamente a presença do dinheiro, sendo, justamente, a face da reprodução ampliada do capital. A sua expansão ocorre a partir da conversão da terra em mercadoria, com a presença de empreendedores de terra e imobiliários.

Novas Dinâmicas Regionais
As dinâmicas regionais contemporâneas na Amazônia são decorrências de novos fatores extra e intra-regionais, tais como o esgotamento das políticas públicas de ocupação do espaço e a resistência de populações regionais à expropriação de suas terras e à negação de sua identidade.
Acrescentam-se a isso os laboratórios de novas experiências, a expansão da agricultura mecanizada, a organização crescente da sociedade civil, as novas tecnologias de produção e gestão e as redes de informação e de circulação.
Da combinação desses processos resultou um novo cenário competitivo e conflitivo entre, por um lado, os interesses que defendem a conservação da biodiversidade e da floresta, vinculadas à garantia dos meios de vida de produtores familiares e comunidades tradicionais e que se expressam nos experimentos de produção sustentável e de gestão de áreas protegidas, por outro, os interesses que promovem a exploração madeireira não sustentável e a expansão desordenada da fronteira agropecuária, com fortes tendências de desconsiderar os custos sociais e ambientais para a sociedade.
A expansão da fronteira nas últimas cinco décadas alterou estruturalmente o padrão secular fundamentado na circulação fluvial e polarizado por Belém. As rodovias abertas a partir dos anos cinqüenta atraíram o povoamento para a terra firme, baseado em fluxos migratórios de agricultores familiares sem-terra de outras regiões do país, abrindo grandes clareiras na floresta.
O padrão de expansão, acompanhando as vias de circulação, sem a formação de redes densas de cidades e transportes, vem sendo redesenhado por novos eixos de transporte e infra-estrutura ao longo dos quais se concentram os investimentos públicos e privados, os migrantes e os núcleos urbanos. Gera-se forte pressão sobre o meio ambiente em termos de desmatamentos, queimadas e conflitos fundiários em faixas em torno de 100 km de cada margem das estradas, muitas vezes abertas de forma clandestina.
Em vez de grandes deslocamentos migratórios inter-regionais, o aumento populacional deve-se cada vez mais ao crescimento vegetativo da população regional, devido à fecundidade ainda elevada e mortalidade decrescente. O quadro atual é de população excedente, sem espaço no mercado de trabalho, que se desloca em busca de inserção econômica e social. Ademais, quando ocorre crescimento acelerado e localizado, as necessidades de investimento público são fortes e a capacidade de resposta reduzida.
A população urbana na Região Amazônica representava, em 2000, 68% de sua população total, índice abaixo da média nacional (81%). Atualmente, todo o crescimento demográfico ocorre nas áreas urbanas, com a população rural estagnada ou mesmo em decréscimo, não obstante a expansão de novas “frentes de ocupação”. Em 2005, para uma população total estimada em 23,61 milhões de habitantes, a população urbana girava em torno dos 17 milhões, ou 72% do total.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Localização e Caracterização das Subregiões do Centro Sul

Região Centro Sul
Professor Ms. Nonato Bouth

1- Pantanal: Problemas ambientais devido a caça predatória e poluição dos rios com mercúrio da garimpagem praticada no norte do mato Grosso.
2- Triângulo Mineiro: área de influência de Uberaba e Uberlândia. Atividade pecuarista (gado zebu) e agronegócio (soja e arroz).
3- Quadrilátero Ferrífero: área delimitada pelas cidades de Belo Horizonte, Santa Bárbara, Congonhas e Mariana. Extração de ferro.
4- Vale do Jequitinhonha: apresenta pobreza extrema. Condições naturais semelhantes ao sertão (clima semi-árido, caatinga e rios intermitentes). Produção de carvão vegetal.
5- Espírito Santo e Norte do Rio de Janeiro: produção de petróleo (bacia de campos e pré-sal).
6- Vale do Paraíba (área compreendida entre a grande São Paulo e a Grande Rio de Janeiro). É a metrópole brasileira. Área de grande dinamismo econômico.
7- Vale do Ribeira: presença japonesa, banana e chá da índia. Uma das áreas mais pobres de São Paulo.
8- Interior Paulista: apresenta grande crescimento econômico devido a desconcentração industrial que passou a caracterizar a Grande São Paulo - Desconcentração concentrada.
9- Pontal do Paranapanema: engloba o oeste paulista e norte do Paraná - café – solo de terra roxa – MST – conflitos agrários.
10- Grande Curitiba: colonização eslava (russos, tchecos, iugoslavos e poloneses) – colonização de cidades como Lapa e Ponta Grossa.
11- Vale do Itajaí: área de colonização alemã – cidades de Blumenau, Brusque, Joinvile e Itajaí – indústria têxtil.
12- Vale do Tubarão: área de extração de carvão mineral – cidades de Criciúma, Lauro Muller, Urussanga e Siderópolis.
13- Região Serrana do Rio Grande do Sul: colonização italiana.Cultivo de uva. Colonização de cidades de Garibaldi, Farroupilha, Caxias do Sul e Bento Gonçalves.
14- Campanha Gaúcha: região de campos, pecuária de qualidade (raça européia) e agronegócio com soja, trigo e arroz. Apresenta problemas da arenização e desertificação.
Arenização, ou formação de bancos de areia, é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos arenosos, em regiões de clima úmido, com regime de chuvas constantes, como o sudoeste do Rio Grande do Sul (veja abaixo o processo que desencadeia o problema). Esse fenômeno não deve ser confundido com a desertificação, que ocorre em clima árido, semiárido e semiúmido e assemelha-se a uma seca prolongada e intensa.
Relevo
A arenização tem estreita relação com a geologia local e ocorre, necessariamente, em terrenos com desníveis, com partes altas e baixas.
Chuvas e vento
Temporais e ventos fortes retiram restos de vegetação e sedimentos do solo das áreas mais altas, depositando-os nas partes baixas do terreno.
Ação humana
O desmatamento e o uso inadequado do solo potencializam o depósito de sedimentos, dificultando o crescimento de nova vegetação na área.
Consequencia
Sem novas plantas, o terreno empobrece. Sua arenosidade natural é reforçada pelo acúmulo de sedimentos, o que forma os bancos de areia.
Obs: para maior compreensão consulte na internet o endereço: http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=47

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quadro dos Programas, Projetos e Obras de Infraestrutura Implantados na Amazônia Pós 60

Autor: Nonato Bouth - nonatobouth@hotmail.com

Ano Programa/Projetos Características
1966 OPERAÇÃO AMAZÔNIA - Política desenvolvimentista do Governo Militar para a Amazônia. Proporcionou a extinção da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia – SPVEA e criou a SUDAM.
1967 JARI - Projeto Florestal para a produção de celulose.
- Projeto mineral não metálico (caulim).
1967 ZONA FRANCA DE MANAUS - Projeto Industrial e comercial.
- Contribui para o processo de ocupação do interior da Amazônia.
1970 PIN - Abertura de novas rodovias de integração (Transamazônica e Cuiabá-Santarém).
- Promoveu projetos de colonização(nordestinos) dirigida ao longo da Transamazônica (Agróvilas).
“Terra sem homens, para hímens sem terra” e “Integrar para não entregar”.
1974 POLAMAZÔNIA - Proporcionou a criação de 15 pólos (áreas) de desenvolvimento e que seriam propicias para a prática da agropecuária e da mineração.
- O Estado direciona a infra-estrutura e migrações para esses pólos.
1980 PGC - Propunha a exploração em larga escala e de forma integrada dos recursos naturais da Amazônia Oriental. Fizeram parte do Programa Carajás os projetos Carajás e Trombetas; a hidrelétrica de Tucuruí; o Complexo Albras-Alunorte e a Alumar no Maranhão.
1981 POLONOROESTE - Propunha o asfaltamento da rodovia Cuiabá-Porto Velho e ao longo da mesma implantar projetos de colonização (sulistas)
1985 PCN - Propunha a proteção da fronteira amazônica para coibir o narcotráfico, a proteção de grupos indígenas do conflito com garimpeiros e madeireiros, além de proteger recursos minerais da Amazônia, como o urânio, da cobiça internacional.
1992 SIVAM/SIPAM - Proteção tecnológica da Amazônia através de radares objetivando coibir ações ilícitas como o narcotráfico, promover o monitoramento ambiental, proteger o espaço aéreo amazônico, estudo do clima e da biodiversidade, do solo e subsolo além de identificar as nações indígenas da Amazônia.
• Projeto Trombetas: extração de bauxita em Oriximiná (rio Trombetas). Empresa responsável - Mineração Rio do Norte.
• Projeto Juruti: extração de bauxita em Juruti. Empresa responsável – Alcoa e Ominia Minérios.
• Hidrelétrica de Tucuruí: sustentação de energia dos grandes projetos. Localiza-se no rio Tocantins.
• Hidrelétrica de Belo Monte: Prevista para ser construída na volta grande do rio Xingu, no estado do Pará. Em seu novo projeto a hidrelétrica inundará 400 km de área, afetando os municípios de Altamira, Vitória do Xingu, Anapú e Senador José Porfírio. Também promoverá impactos sociais aos índios Pakiçamba.
IMPACTOS DOS GRANDES PROJETOS
- Aumento da dívida externa brasileira
- Absorção de mão de obra qualificada do centro sul brasileiro.
- Alteração no perfil econômico da região afetando o extrativismo vegetal.
- Criação das Company Toiwns (cidadelas construídas e planejadas para atender a mão de obra empregada nos projetos – ex: Vila dos Cabanos, Vila da Eletronorte (Tucuruí) e Porto Trombetas em Oriximiná).
CAUSAS DO DESMATAMENTO
- Grandes projetos mineradores
- Extração de madeira para fins comerciais
- Abertura de rodovias e outras obras de infra-estrutura
- Pecuária
- Agronegócio (Soja)
CONSEQUENCIA DO DESMATAMENTO
- Perda da Biodiversidade
- Empobrecimento do solo
- Aumento da temperatura
- Alteração no índice pluviométrico (chuvas)
A partir da implementação das rodovias do Programa de Integração Nacional (PIN), o espaço amazônico passou a iniciar um processo de reorganização, com as seguintes mudanças:

 A perda de importância sócio-econômica dos núcleos urbanos localizados próximos aos rios e que dependiam exclusivamente desse tipo de circulação.
 O surgimento e o crescimento de núcleos urbanos ao longo das rodovias.
 O surgimento de centros urbanos regionais passou a ser influenciado economicamente e socialmente pelas vias fluviais e pelas rodovias.
 Ocorreu uma redefinição e uma maior complexidade da rede urbana amazônica, pois passou a ocorrer uma maior circulação de pessoas, mercadorias e capitais pelas rodovias. A rede urbana deixa de ser predominantemente dendrítica (as cidades e seu processo de circulação dependiam fundamentalmente dos rios), para ser predominantemente complexa (as cidades e seu processo de circulação passam a depender fundamentalmente das rodovias).
 Ocorreu uma maior integração da Amazônia com as outras regiões do Brasil.
 A intensificação de fluxos migratórios em direção as áreas localizadas as proximidades das rodovias.
 Uma maior valorização das terras localizadas ao longo das rodovias.
 Maior degradação dos recursos naturais da região.
 Apropriação dos recursos pelo grande capital.

O ritmo de crescimento das cidades é mais intenso na Amazônia Oriental, que sofreu influência da abertura da Belém-Brasília e da instalação do PGC.

Característica da dinâmica das cidades

* Inchaço populacional nas capitais dos Estados.
* Fortalecimento de centros urbanos regionais.
* Surgimento e o crescimento de cidades em função dos projetos de colonização.
* Implantação de núcleos urbanos para atender as empresas e seus respectivos projetos.
* Retração de cidades tradicionais.

sábado, 24 de julho de 2010

Agradecimento a Família Impacto

O Professor Nonato Bouth agradece a toda família do colégio Impacto de Belém do Pará, em especial aos professores Francisco e Silvana Gemaque pela contribuição que deram para que o mesmo desenvolvesse seu trabalho de pesquisa aprovado na Universidade Autónoma de Asunción com Magna Lauda.

AGORA SIM, MESTRE EM EDUCAÇÃO!

Hoje, 23/07/2010 é um dia feliz para todos da família do professor Nonato Bouth, pois nessa data o referido professor defendeu, na Universidad Autónoma de Asunción, sua dissertação de mestrado com o seguinte tema: "Metodologia da Avaliação de Docentes: Equívocos e Reflexos Comportamentais Pedagógicos", obtendo da banca avaliadora aprovação com magna lauda.